A mesma observação que já por algumas vezes fiz, fica valendo aqui, ou seja, são inúmeras as interpretações dadas para a vida dessa magnânima Entidade Espiritual chamada Wladimir, um Cigano que tem seu nome respeitado e, talvez, ao lado de Santa Sarah, seja a Entidade mais cultuada dentro da chamada Linha do Oriente ou Povo do Oriente. Por essa sua popularidade e, mais que tudo, como gratidão ao seu bondoso Espírito, sempre protetor e amigo em nossa vida pessoal, é que resolvi falar um pouco dele aqui.
Escolhi duas das histórias mais correntes, a primeira versão, muito antiga por sinal e que corre de boca em boca, diz que Wladimir apaixonou-se perdidamente uma Cigana de sua Tribo, só que esse sentimento pela tal Cigana também surgiu dentro do coração de seu irmão. Para decidir a questão, o irmão de Wladimir propôs um duelo em que ambos disputariam a amada.
Para não fugir à tradição, conta-se que Wladimir aceitou a proposta e dirigiu-se então para o tal duelo, porém, na hora exata de desfechar o golpe, percebeu ele que levaria vantagem, só que essa vantagem significava a possibilidade de matar o próprio irmão. Aí, então, Wladimir tem uma reação totalmente surpreendente para todos que assistiam o duelo, ou seja, não agrediu, ao contrário, não esboçou qualquer reação e, assim então, acabou sendo apunhalado pelo próprio irmão, caindo morto em seguida.
A continuidade da história tem um desfecho um tanto quanto trágico, pois a tal Cigana vendo seu amado caído no chão, morto com um punhal cravado no peito, caiu por sobre seu corpo e chorando retirou o punhal do peito de Wladimir , cravando-o em seguida em seu próprio peito, ato este que culminou, também, em sua morte.
Outra versão, essa enviada por uma amiga e pesquisadora de Cultura Egípcia e Cigana. Segundo essa amiga a versão a seguir chegou até ela contata por uma Cigana mesmo, ou seja pessoa de etnia Cigana.
Conta-se que o Cigano Wladimir era de origem eslava (Indo-Européia), e que se apaixonou perdidamente por Esmeralda, que assim a chamavam por gostar de trabalhar em magia de cura com pedras verdes (a pedra Esmeralda é verde!) e também gostava desta pedra para o seu uso pessoal, por isto esse apelido; mas ela se casou com outro, pois já estava prometida. Wladimir se desesperou e começou a beber descontroladamente.
Mais tarde, um pouco conformado, mas ainda apaixonado, passa a trabalhar com magia para unir os casais. Muitos anos depois, com eles já um pouco idosos, eles se unem, mas ficam pouco tempo juntos, pois ela logo morre.
Seja de que forma for, queridos leitores, o fato é que Wladimir é hoje uma Entidade de muita luz, sempre evocada com muito carinho por todos os amantes da Cultura Cigana, principalmente por aqueles que mantém algum tipo de ligação, volto a dizer, com as gloriosas Entidades Espirituais Ciganas, hoje brilhando como pontos luminosos, na Estrada de Estrelas do Espaço Infinito.
CIGANO WLADIMIR,era moreno-claro, de olhos e cabelos pretos.
Wladimir usava roupas diferentes, conforme a fase da lua.
O detalhe constante nessas roupas é que a calça era sempre da mesma cor do colete de veludo que ele vestia por cima da blusa.
Na Lua cheia ele usava blusão vermelho com colete e calça azul-turquesa; na Lua crescente, blusão branco, colete e calça brancos rebordados com fios de prata;
na Lua nova, blusão azul-turquesa, colete e calça vermelhos rebordados com pedras coloridas; e,
na Lua minguante, blusão branco de mangas compridas, colete e calça marrons e uma faixa branca na cintura.
Em todas as fases da Lua ele usava na cintura uma faixa branca, na qual trazia o seu punhal de prata.
SEUS ADEREÇOS
O lenço que Wladimir usava na cabeça era de cores diferentes, conforme a fase da Lua.
Era azul na Lua cheia, branco no quarto crescente e vermelho na Lua nova.
Na orelha esquerda ele trazia uma argola de ouro e, no pescoço, um cordão de ouro com um medalhão antigo de seu clã.
SUA MAGIA
O Cigano Wladimir aprendeu a tocar violino com seis anos de idade.
Hoje, quando chega à Terra como espírito,pede logo o seu violino e começa a tocar antigas músicas eslavas.
Um detalhe importante: quem tem esse Cigano na aura não precisa saber tocar violino, pois, ao chegar, ele traz a essência da música.
A FAMILIA DO CIGANO WLADIMIR
Tudo que sabemos sobre a família do Cigano Wladimir é que, quando ele tinha três meses de vida, seus pais morreram. Sabemos que isso ocorreu em uma tragédia, mas não sabemos como ela se deu; isso é um mistério guardado a sete chaves.
Sabemos que a família era numerosa, mas só escaparam da tragédia a Cigana Wlanira e seus irmãos gêmeos, Wladimir e Wlanasha. Foi Wlanira quem criou as crianças, dando-lhes o carinho e o amor de irmã e de mãe. Ela se juntou a um grupo de nômades e formou com eles uma só família cigana no mundo.
O tempo passou e os gêmeos cresceram. Ao completar 13 anos, Wlanasha casou-se com o Cigano Turmanof e, nos anos seguintes, teve três filhos: Ludimilha, Úrsula e Revek Turmanof.
Seis anos depois do casamento da irmã, quando já contava 19 anos de idade, Wladimir veio a se casar com a Cigana Singuala, seguindo as antigas tradições e o ritual cigano. Após um ano de casamento, nasceu sua filha Raiza Singuala e, três anos depois, o menino Wladivisk, assim formou-se a família do Cigano Wladimir.
Raiza Singuala não chegou a se casar, pois fez a passagem com 13 anos. Wladivisk também não formou família, pois desencarnou cedo, com 18 anos. Por coincidência, ele passou para o mundo espiritual no mesmo dia em que a irmã havia falecido anos antes.
Os filhos de Wlanasha construíram novas famílias. Ludimilha casou-se com o Cigano Baruque e teve um filho que se chamou Landufo.
Úrsula casou-se com o Cigano Nabel e deu à luz onze filhos. O primeiro foi Helânio. Depois vieram, pela ordem de nascimento, a menina Indra; o menino Latâncio; as meninas Urânia, Ruda e as gêmeas Nadja e Inajá; os meninos Narciso e Pompilho; a menina Romana e o menino Laio.
Revek Turmanof casou-se com a Cigana Iudi, que deu à luz cinco filhos, na seguinte ordem: as meninas Roshana e Zarda, o menino Zuriel e as meninas Hosana e Islena.
Esse é o mistério de Wladimir.
Trecho retirado do livro:
“Ciganos do Passado, Espíritos do Presente –
Ana da Cigana Natasha- PALLAS EDTORA
Nenhum comentário:
Postar um comentário