É com tristeza que observamos que certos hábitos antigos, de grande beleza e simbolismo, hoje em dia estão em extinção. A Linguagem das Flores, por exemplo, é uma delas. As pessoas hoje em dia parecem conhecer apenas o simbolismo das rosas e dos cravos, esquecendo-se de todo o resto.
A educação moderna não se preocupa mais com esse tipo de coisa,
considerada ultrapassada por muitos. Quando há necessidade de um toque de romantismo ou de elegância, porém, as pessoas se ressentem de não ter mais esse tipo de cultura.
Muitas coisas das Linguagem das Flores não foram impostas nem descobertas, mas surgiram, normalmente envoltas em lendas e mitos de rara beleza, que, hoje em dia, estão totalmente relegados ao esquecimento.
Constituindo um ramo delicado e belo das Simpatias Ciganas, as Simpatias
com as Flores, que se utiliza dessa Linguagem, prestam-se não apenas a reviver essa tradição como também a disseminar conhecimentos que precisam ser preservados.
Nas coisas no amor, principalmente, e do relacionamento mais sincero entre as pessoas, com toda certeza essas simpatias terão grande emprego. No conhecimento da linguagem e das lendas, seguramente estaremos levando um pouco dessa cultura em extinção.
PARA PROVAR O AMOR
Quem ama está constantemente necessitando e exigindo da pessoa amada a
confirmação do seu amor também. Parte é por insegurança, parte é por
necessidade de receber atenção e carinho.
Entre os ciganos, quando alguém quer manifestar isso, pedindo que a pessoa amada jamais deixe de pensar nela, costuma mandar um buquê com sete miosótis azuis.
Na Linguagem das Flores, isso significa um pedido nunca ser
esquecido(a).
Observação:
o uso dessa flor com esse significado surgiu com uma lenda muito antiga, entre os ciganos alemães.
Conta essa lenda que um casal de apaixonados passeava à beira do rio Danúbio. A moça percebeu, então, uma flor azul, da cor do céu, que boiava na superfície, achando-a muito bonita.
O cigano imediatamente se dispôs a apanhá-la para a amada, mas caiu e foi arrastado pelas águas, sem que ela pudesse ajudá-lo.
Desesperado, ele ainda alcançou a flor e jogou-a para a margem, onde estava a sua amada.
Pediu a ela que não o esquecesse e desapareceu para sempre nas aguas.
do livro: misticismo cigano
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
ADORNOS E ENFEITES
Um cigano de verdade, sabe perfeitamente como combinar cores, estampas e
tecidos de modo a atrair aquilo que deseja e para evitar o que não é favorável.
Quando tratamos da Indumentária, nos trajamos, na forma de um ritual cotidiano,que realizado com harmonia e concentração proporciona bem estar e desperta poderes mágicos.
Nesta seção trazemos a contribuição dos adornos e enfeites, que mesmo
quando usados discretamente, embelezam o corpo, fazem brilhar os encantos da alma e atraem grandes benefícios.
Como é bem reconhecido publicamente, o povo cigano gosta de usar diversos objetos e recursos variados para o adorno pessoal, diversos detalhes que encantam o ambiente e as pessoas produzindo efeitos de toda ordem que você possa imaginar.
Cada brinco, cada anel, pulseira, colar, pedra preciosa ou não, um pequeno broche ou o modo como amarra o lenço ao pescoço, alguma pintura ou marca sobre o corpo, um fino cordão amarrado ao dedinho do pé... minúcias,pormenores que certamente não passam desapercebidos aos olhos de um profundo observador, mas que para os menos instruídos, podem ser confundidos com tolices da vaidade.
Leia com atenção, aprenda e pratique estas receitas mágicas.
PARA TER SORTE NO AMOR
Esta simpatia lhe ensina a receita de uma saia que atrai o homem pelo qual você esteja interessada, seja ele ainda pouco íntimo, ou seu marido ou seu namorado, ficará encantado quando ver teu corpo adornado com tão belo pano.
Encomende com a costureira ou de preferência, faça você mesma uma saia de retalhos diversos, desde que em tons de rosa e violeta, deve usar um número par de quadrados de tecido do mesmo tamanho.
Quando passar a saia, acrescente gotas do teu perfume e quando usar pinte a boca com batom cor-de-rosa.
PARA TER SORTE COM DINHEIRO
A pessoa que deseja a boa sorte financeira não deve dar bandeira para o azar.
Se for esperta, faz esta simpatia para se guardar.
Usa um alfinete dourado fincado na barra da calça ou da saia, mas toma o
cuidado de colocar no avesso da roupa e com um esparadrapo por cima para não espetar.
Quando o alfinete é de ouro, o cigano está interessado em atrair fortuna
grande e também poder e influência.
do livro: misticismo cigano
tecidos de modo a atrair aquilo que deseja e para evitar o que não é favorável.
Quando tratamos da Indumentária, nos trajamos, na forma de um ritual cotidiano,que realizado com harmonia e concentração proporciona bem estar e desperta poderes mágicos.
Nesta seção trazemos a contribuição dos adornos e enfeites, que mesmo
quando usados discretamente, embelezam o corpo, fazem brilhar os encantos da alma e atraem grandes benefícios.
Como é bem reconhecido publicamente, o povo cigano gosta de usar diversos objetos e recursos variados para o adorno pessoal, diversos detalhes que encantam o ambiente e as pessoas produzindo efeitos de toda ordem que você possa imaginar.
Cada brinco, cada anel, pulseira, colar, pedra preciosa ou não, um pequeno broche ou o modo como amarra o lenço ao pescoço, alguma pintura ou marca sobre o corpo, um fino cordão amarrado ao dedinho do pé... minúcias,pormenores que certamente não passam desapercebidos aos olhos de um profundo observador, mas que para os menos instruídos, podem ser confundidos com tolices da vaidade.
Leia com atenção, aprenda e pratique estas receitas mágicas.
PARA TER SORTE NO AMOR
Esta simpatia lhe ensina a receita de uma saia que atrai o homem pelo qual você esteja interessada, seja ele ainda pouco íntimo, ou seu marido ou seu namorado, ficará encantado quando ver teu corpo adornado com tão belo pano.
Encomende com a costureira ou de preferência, faça você mesma uma saia de retalhos diversos, desde que em tons de rosa e violeta, deve usar um número par de quadrados de tecido do mesmo tamanho.
Quando passar a saia, acrescente gotas do teu perfume e quando usar pinte a boca com batom cor-de-rosa.
PARA TER SORTE COM DINHEIRO
A pessoa que deseja a boa sorte financeira não deve dar bandeira para o azar.
Se for esperta, faz esta simpatia para se guardar.
Usa um alfinete dourado fincado na barra da calça ou da saia, mas toma o
cuidado de colocar no avesso da roupa e com um esparadrapo por cima para não espetar.
Quando o alfinete é de ouro, o cigano está interessado em atrair fortuna
grande e também poder e influência.
do livro: misticismo cigano
LUZ AZUL
De todas as magias ciganas com cores, nenhuma tem sido mais usada e mais
aprovada que as da Luz Azul, famosas na antigudade e citadas em diversas obras medievais e nos tratados de muitos dos doutores do misticismo e do ocultismo da História.
Diferente das demais simpatias que se utilizam das cores, as magias da Luz Azul exigem uma profunda concentração mental, mas produzem, em
contrapartida, uma enorme paz espiritual e uma potencialização das forças positivas da aura e do astral.
Para alguns ela pode parecer difícil. Há pessoas que não conseguem
inicialmente se concentrar mentalmente numa cor e visualizá-la em pensamento.
Para esses, nada como iniciar fitando um objeto azul, uma parede, um quadro, um lenço ou qualquer outra coisa. Olhando-a, tente tirar da mente todo tipo de pensamento, concentrando-se na cor e permitindo que ela penetre seus sentidos de forma suave e branda.
Aos poucos isso vai sendo conseguido e em breve você também conseguirá,
concentrando-se, visualizar, a qualquer momento e em qualquer lugar, a
maravilhosa cor azul que vai fortalecê-la e ajudá-la em momentos cruciais de sua vida.
Tente. Vale a pena esforçar-se para conhecer as virtudes e os efeitos da Magia Cigana da Luz Azul.
PARA MOMENTOS DE INDECISÃO
Quando se sentir perdido e confuso quanto a um determinado assunto ou
situação, fecha os olhos por alguns momentos e procura visualizar uma luz azul no fim de um túnel.
Faça isso com fé e rapidamente a luz te iluminará a mente e você conseguirá tomar a decisão mais acertada para a ocasião.
do livro: misticismo cigano
aprovada que as da Luz Azul, famosas na antigudade e citadas em diversas obras medievais e nos tratados de muitos dos doutores do misticismo e do ocultismo da História.
Diferente das demais simpatias que se utilizam das cores, as magias da Luz Azul exigem uma profunda concentração mental, mas produzem, em
contrapartida, uma enorme paz espiritual e uma potencialização das forças positivas da aura e do astral.
Para alguns ela pode parecer difícil. Há pessoas que não conseguem
inicialmente se concentrar mentalmente numa cor e visualizá-la em pensamento.
Para esses, nada como iniciar fitando um objeto azul, uma parede, um quadro, um lenço ou qualquer outra coisa. Olhando-a, tente tirar da mente todo tipo de pensamento, concentrando-se na cor e permitindo que ela penetre seus sentidos de forma suave e branda.
Aos poucos isso vai sendo conseguido e em breve você também conseguirá,
concentrando-se, visualizar, a qualquer momento e em qualquer lugar, a
maravilhosa cor azul que vai fortalecê-la e ajudá-la em momentos cruciais de sua vida.
Tente. Vale a pena esforçar-se para conhecer as virtudes e os efeitos da Magia Cigana da Luz Azul.
PARA MOMENTOS DE INDECISÃO
Quando se sentir perdido e confuso quanto a um determinado assunto ou
situação, fecha os olhos por alguns momentos e procura visualizar uma luz azul no fim de um túnel.
Faça isso com fé e rapidamente a luz te iluminará a mente e você conseguirá tomar a decisão mais acertada para a ocasião.
do livro: misticismo cigano
domingo, 20 de fevereiro de 2011
A LENDA CIGANA DO DOM DA ADIVINAÇÃO
Era uma vez um povo...
Que vivia nas entranhas da Terra, tendo o fogo como seu elemento mágico e purificador, eram adoradores do fogo sagrado que há por dentro das profundezas da terra...
Esse povo vivia oculto, tendo suas ocupações e seus afazeres, sem conhecer absolutamente nada que pudesse existir na superfície. As gerações se passavam inteiras enquanto os tempos corriam, e aquele povo permanecia vivendo dentro do mundo, ignorando tudo o que houvesse por fora dele...
Por conta disso, eles viviam injuriados e tristes, pois só conheciam noites sem fim...Mas tinham uma fé imensa e uma grande sabedoria. Um dia, um homem, cansado daquela mesmice, cansado por conta da dificuldade em se conseguir água, adormeceu enfadado e sonhou com um mundo diferente...
Em seu sonho, uma mulher belíssima, vestida com um manto azul de estrelas, puxava-o do fundo da terra por uma cratera e descortinava-lhe tudo o que havia de desconhecido onde ela habitava...Em seus sonhos viu coisas que nunca havia imaginado antes, um firmamento azul, as flores, as águas abundantes dos rios, as chuvas...
Maravilhado, despertou com a idéia fixa de sair dali, e investigar se, de fato, na superfície havia tudo aquilo que a maravilhosa mulher lhe havia apresentado. Com uma tocha, o rapaz foi subindo, subindo, passando por meandros ocultos e galerias que conhecia, até chegar à uma caverna até então desconhecida, de onde pôde vislumbrar os raios da luz solar, que, a princípio, machucaram seus olhos tão afeitos à escuridão e à luz única do fogo sagrado... Viu o céu límpido, onde criaturas aladas voavam e emitiam cantos sonoros...
Viu árvores imensas, onde estavam pendurados frutos coloridos e bonitos...Pela primeira vez, sentiu o vento, ouvindo a música que ele toca quando passa... Viu inúmeras fontes de água e cascatas, cercadas de flores de cores vivas e animais diversos. Seus olhos não conseguiam entender tanta beleza, como ele seria feliz se ali pudesse viver...
Como seu povo seria feliz se visse tanta maravilha, tantas cores!
Pensando nisso, ele desceu de volta às entranhas da Terra, levando pequenas coisas que pudera coletar: frutos e flores, pedras e ramos de árvore.
Precisava provar aos mais velhos que ali estivera! Ao chegar, descreveu a todos os seus o que vira lá em cima, e todos, encantados e ansiosos com essa nova possibilidade, também quiseram vislumbrar esse mundo desconhecido...
A mais velha daquele povo, porém, munida por sua fé inabalável e pela experiência de anos e anos de vida, sentindo o impulso daquele povo passional em se arriscar pelo desconhecido, pediu:
- Meus filhos! Sempre vivemos aqui, não teremos outras possibilidades numa terra onde vivem outros seres diferentes de nós. O que faremos, num mundo adverso, e com tantas diferenças? Temos crianças, que são frágeis...Os que vieram antes de nós contam que muitos tentaram subir e se perderam...
Eles, porém, estavam dispostos a tudo para subirem à superfície. Os mais velhos então orientaram:
- Rezemos a Deus, pedindo a Ele um conselho sobre o que fazer. Se nos for permitido migrar dessas terras, que Ele nos conduza pelas mãos de um Anjo de Luz, e abençoe nossas existências com a saúde e a sorte! Rezemos e peçamos a Deus que nos conceda a permissão de mudar dessas paragens!
Dessa forma, aquele povo simples e sofrido começou a rezar com fervor, imaginando como seria toda a maravilha que o rapaz tinha visto, toda a fartura e a cor que nunca tinham imaginado... A esperança cresceu tal qual as labaredas de uma fogueira, muitos haviam ali que nunca antes tinham dado um único sorriso na vida, e agora tinham nos olhos de fogo o sonho de uma possibilidade de serem mais felizes...
Deus, que nunca desampara nenhum de seus filhos, manifestou-se pelo fogo sagrado, e disse a eles:
- Meus filhos amados! Escutei a rogativa vinda da pureza de vossos corações, e , concedo-lhes a permissão para viverdes onde quiseres, deixando as entranhas da terra. Porém, vós não tereis sobre essa terra nenhum poder, nem brigarão pela posse delas, pois que elas nunca lhes pertencerão. Poderão andar por todos os quatro cantos do mundo, poderão conhecer todas as nuances dessa terra, mas sem se fixar a nenhum lugar dela. Só assim, vós crescereis e levareis à frente a missão para a qual vos destinei.
Respeitosa, a anciã se curva ante o fogo divino e questiona:
- Senhor, de quê viveremos nessa terra? Se não pudermos ter bens e haveres, se nesse lugar nada nos pertencerá, e estaremos nessa terra em êxodo constante, o que deixaremos às nossas crianças?
- Deixarás os dons que lhes confiarei a partir de agora, e o exemplo vivo de que nada nos pertence de fato, que o que temos somente é a nós mesmos, nossa alma imortal que, como vós, ascende das profundezas para a luz! Deixareis o exemplo da dignidade de ser autêntico, de ser verdadeiro e fiel ao que se acredita.
Foi para isso que vos criei. Povo Cigano, filho meu, dar-vos-ei o dom da adivinhação, com o qual podereis ajudar a todos os vossos semelhantes na dura jornada terrena. Lá em cima, eles pouco conhecem do futuro e do que a sorte lhes reserva... Tem pouco consciência, e se perdem dentro de si mesmos e das dependências que criam. Vós sabeis o que é o sofrimento e a tristeza, sabeis andar por reinos que eles desconhecem...
Dessa forma, podereis auxiliá-los a compreenderem a si mesmos, com esse dom divino que ora lhes concedo. Em troca da luz que desejam desfrutar, devereis vós iluminar os caminhos de vossos irmãos, para que eles se ajudem, se conheçam e se precavenham contra os males.
Dentro deles reina uma escuridão tal qual a que seus olhos vêem. Dou-lhes o dom de iluminá-los com o fogo sagrado do conhecimento. Como vós andareis por todas as terras, todos os conhecimentos se fundirão...
Os ciganos, então, de posse do que possuíam, e do dom da adivinhação dado por Deus, deixaram as entranhas da terra, e, em sua primeira caravana, rumaram para a superfície, sendo guiados pelo rapaz que os conduziu à entrada da caverna.
Qual não foi a surpresa deles ao avistarem na entrada da caverna uma cigana belíssima, vestida com um manto azul forrado de estrelas, oferecendo-lhe as mãos:
- Meus filhos, sou o anjo que Deus confiou para cuidar de vós. Sempre que precisardes, me chameis! Serei como estrela a vos guiar pelas estradas incertas dessa terra.
Dando as mãos a cada um dos ciganos que saía de dentro da terra, aquela entidade de luz abençoava a cada um com seu olhar plácido e benevolente.
E todos os ciganos ficaram com a marca de luz daquele olhar que refulgia as estrelas..
Todos traziam dentro de si a certeza de que, pelo fogo sagrado, o próprio Deus os ouviria, e , admirando as estrelas e a lua cheia, se lembrariam dos olhos de sua poderosa protetora, que estendera as mãos bondosas para retira-los das trevas de onde viviam...
Ela desapareceu num facho de luz, e os ciganos começaram sua eterna caminhada...
Como não conheciam as cores, se encantaram com elas, vestindo-se com a beleza do que elas representavam, dando vazão nas roupas a todo o colorido de suas almas...
Sabiam trabalhar com os metais, que podiam retirar das entranhas da terra, viram que as pessoas necessitavam demais dos artefatos que fabricavam...
Observando a natureza, seus ciclos e ritmos, seus elementos e seus animais, descobriram seu enorme talento para a música e a dança, criaram o circo...
Sua ligação com a magia do fogo permanecia, e isso continuou se transmitindo a todos os seus descendentes, era visível em seus olhos magnéticos, não era à toa que eram chamados “os filhos do fogo
Sabiam fazer coisas lindas, espalhando arte e beleza onde passavam, conduzindo o homem em seu sonho de liberdade sem fim.
Menestréis da liberdade, muita vezes incompreendidos, nunca levantaram armas pela posse de terras, respeitando a missão sagrada confiada por Deus. Sofreram inúmeras perseguições, mas sempre mantendo a sua fé no Anjo Protetor, chamando-a por vários nomes nas várias nações por onde passaram do decorrer de séculos.
E o principal:
lendo os olhos das pessoas, podiam dar vazão e crescimento ao dom que Deus lhes concedera: iluminar em troca de luz, auxiliar com a adivinhação os corações aflitos, distribuir alento e consolação aos que estavam sem esperanças...
Vendo a chuva, as flores, os animais e todos os elementos, desenharam-nos em pequenas chapas, com as quais falavam da sorte e dos destinos de quem os consultassem...
Comprovaram que a observação da natureza e das espirais do tempo auxiliavam sobremaneira o uso de seu dom sagrado...
Eles correram o mundo, e continuam correndo... Pois se diz que assim quer o destino, que assim Deus riscou, e o que Ele risca, ninguém rabisca!
Para quê os ciganos viajam tanto?
Para chegarem ao fim do mundo..
E quando chegarem, farão o caminho de volta, para depois iniciarem tudo de novo, levando a arte, a magia e a alegria à todas as raças.
“Nosso povo foi o escolhido por Deus para ser o mensageiro entre os povos!”
fonte: ruanodelacalle.blogspot
Que vivia nas entranhas da Terra, tendo o fogo como seu elemento mágico e purificador, eram adoradores do fogo sagrado que há por dentro das profundezas da terra...
Esse povo vivia oculto, tendo suas ocupações e seus afazeres, sem conhecer absolutamente nada que pudesse existir na superfície. As gerações se passavam inteiras enquanto os tempos corriam, e aquele povo permanecia vivendo dentro do mundo, ignorando tudo o que houvesse por fora dele...
Por conta disso, eles viviam injuriados e tristes, pois só conheciam noites sem fim...Mas tinham uma fé imensa e uma grande sabedoria. Um dia, um homem, cansado daquela mesmice, cansado por conta da dificuldade em se conseguir água, adormeceu enfadado e sonhou com um mundo diferente...
Em seu sonho, uma mulher belíssima, vestida com um manto azul de estrelas, puxava-o do fundo da terra por uma cratera e descortinava-lhe tudo o que havia de desconhecido onde ela habitava...Em seus sonhos viu coisas que nunca havia imaginado antes, um firmamento azul, as flores, as águas abundantes dos rios, as chuvas...
Maravilhado, despertou com a idéia fixa de sair dali, e investigar se, de fato, na superfície havia tudo aquilo que a maravilhosa mulher lhe havia apresentado. Com uma tocha, o rapaz foi subindo, subindo, passando por meandros ocultos e galerias que conhecia, até chegar à uma caverna até então desconhecida, de onde pôde vislumbrar os raios da luz solar, que, a princípio, machucaram seus olhos tão afeitos à escuridão e à luz única do fogo sagrado... Viu o céu límpido, onde criaturas aladas voavam e emitiam cantos sonoros...
Viu árvores imensas, onde estavam pendurados frutos coloridos e bonitos...Pela primeira vez, sentiu o vento, ouvindo a música que ele toca quando passa... Viu inúmeras fontes de água e cascatas, cercadas de flores de cores vivas e animais diversos. Seus olhos não conseguiam entender tanta beleza, como ele seria feliz se ali pudesse viver...
Como seu povo seria feliz se visse tanta maravilha, tantas cores!
Pensando nisso, ele desceu de volta às entranhas da Terra, levando pequenas coisas que pudera coletar: frutos e flores, pedras e ramos de árvore.
Precisava provar aos mais velhos que ali estivera! Ao chegar, descreveu a todos os seus o que vira lá em cima, e todos, encantados e ansiosos com essa nova possibilidade, também quiseram vislumbrar esse mundo desconhecido...
A mais velha daquele povo, porém, munida por sua fé inabalável e pela experiência de anos e anos de vida, sentindo o impulso daquele povo passional em se arriscar pelo desconhecido, pediu:
- Meus filhos! Sempre vivemos aqui, não teremos outras possibilidades numa terra onde vivem outros seres diferentes de nós. O que faremos, num mundo adverso, e com tantas diferenças? Temos crianças, que são frágeis...Os que vieram antes de nós contam que muitos tentaram subir e se perderam...
Eles, porém, estavam dispostos a tudo para subirem à superfície. Os mais velhos então orientaram:
- Rezemos a Deus, pedindo a Ele um conselho sobre o que fazer. Se nos for permitido migrar dessas terras, que Ele nos conduza pelas mãos de um Anjo de Luz, e abençoe nossas existências com a saúde e a sorte! Rezemos e peçamos a Deus que nos conceda a permissão de mudar dessas paragens!
Dessa forma, aquele povo simples e sofrido começou a rezar com fervor, imaginando como seria toda a maravilha que o rapaz tinha visto, toda a fartura e a cor que nunca tinham imaginado... A esperança cresceu tal qual as labaredas de uma fogueira, muitos haviam ali que nunca antes tinham dado um único sorriso na vida, e agora tinham nos olhos de fogo o sonho de uma possibilidade de serem mais felizes...
Deus, que nunca desampara nenhum de seus filhos, manifestou-se pelo fogo sagrado, e disse a eles:
- Meus filhos amados! Escutei a rogativa vinda da pureza de vossos corações, e , concedo-lhes a permissão para viverdes onde quiseres, deixando as entranhas da terra. Porém, vós não tereis sobre essa terra nenhum poder, nem brigarão pela posse delas, pois que elas nunca lhes pertencerão. Poderão andar por todos os quatro cantos do mundo, poderão conhecer todas as nuances dessa terra, mas sem se fixar a nenhum lugar dela. Só assim, vós crescereis e levareis à frente a missão para a qual vos destinei.
Respeitosa, a anciã se curva ante o fogo divino e questiona:
- Senhor, de quê viveremos nessa terra? Se não pudermos ter bens e haveres, se nesse lugar nada nos pertencerá, e estaremos nessa terra em êxodo constante, o que deixaremos às nossas crianças?
- Deixarás os dons que lhes confiarei a partir de agora, e o exemplo vivo de que nada nos pertence de fato, que o que temos somente é a nós mesmos, nossa alma imortal que, como vós, ascende das profundezas para a luz! Deixareis o exemplo da dignidade de ser autêntico, de ser verdadeiro e fiel ao que se acredita.
Foi para isso que vos criei. Povo Cigano, filho meu, dar-vos-ei o dom da adivinhação, com o qual podereis ajudar a todos os vossos semelhantes na dura jornada terrena. Lá em cima, eles pouco conhecem do futuro e do que a sorte lhes reserva... Tem pouco consciência, e se perdem dentro de si mesmos e das dependências que criam. Vós sabeis o que é o sofrimento e a tristeza, sabeis andar por reinos que eles desconhecem...
Dessa forma, podereis auxiliá-los a compreenderem a si mesmos, com esse dom divino que ora lhes concedo. Em troca da luz que desejam desfrutar, devereis vós iluminar os caminhos de vossos irmãos, para que eles se ajudem, se conheçam e se precavenham contra os males.
Dentro deles reina uma escuridão tal qual a que seus olhos vêem. Dou-lhes o dom de iluminá-los com o fogo sagrado do conhecimento. Como vós andareis por todas as terras, todos os conhecimentos se fundirão...
Os ciganos, então, de posse do que possuíam, e do dom da adivinhação dado por Deus, deixaram as entranhas da terra, e, em sua primeira caravana, rumaram para a superfície, sendo guiados pelo rapaz que os conduziu à entrada da caverna.
Qual não foi a surpresa deles ao avistarem na entrada da caverna uma cigana belíssima, vestida com um manto azul forrado de estrelas, oferecendo-lhe as mãos:
- Meus filhos, sou o anjo que Deus confiou para cuidar de vós. Sempre que precisardes, me chameis! Serei como estrela a vos guiar pelas estradas incertas dessa terra.
Dando as mãos a cada um dos ciganos que saía de dentro da terra, aquela entidade de luz abençoava a cada um com seu olhar plácido e benevolente.
E todos os ciganos ficaram com a marca de luz daquele olhar que refulgia as estrelas..
Todos traziam dentro de si a certeza de que, pelo fogo sagrado, o próprio Deus os ouviria, e , admirando as estrelas e a lua cheia, se lembrariam dos olhos de sua poderosa protetora, que estendera as mãos bondosas para retira-los das trevas de onde viviam...
Ela desapareceu num facho de luz, e os ciganos começaram sua eterna caminhada...
Como não conheciam as cores, se encantaram com elas, vestindo-se com a beleza do que elas representavam, dando vazão nas roupas a todo o colorido de suas almas...
Sabiam trabalhar com os metais, que podiam retirar das entranhas da terra, viram que as pessoas necessitavam demais dos artefatos que fabricavam...
Observando a natureza, seus ciclos e ritmos, seus elementos e seus animais, descobriram seu enorme talento para a música e a dança, criaram o circo...
Sua ligação com a magia do fogo permanecia, e isso continuou se transmitindo a todos os seus descendentes, era visível em seus olhos magnéticos, não era à toa que eram chamados “os filhos do fogo
Sabiam fazer coisas lindas, espalhando arte e beleza onde passavam, conduzindo o homem em seu sonho de liberdade sem fim.
Menestréis da liberdade, muita vezes incompreendidos, nunca levantaram armas pela posse de terras, respeitando a missão sagrada confiada por Deus. Sofreram inúmeras perseguições, mas sempre mantendo a sua fé no Anjo Protetor, chamando-a por vários nomes nas várias nações por onde passaram do decorrer de séculos.
E o principal:
lendo os olhos das pessoas, podiam dar vazão e crescimento ao dom que Deus lhes concedera: iluminar em troca de luz, auxiliar com a adivinhação os corações aflitos, distribuir alento e consolação aos que estavam sem esperanças...
Vendo a chuva, as flores, os animais e todos os elementos, desenharam-nos em pequenas chapas, com as quais falavam da sorte e dos destinos de quem os consultassem...
Comprovaram que a observação da natureza e das espirais do tempo auxiliavam sobremaneira o uso de seu dom sagrado...
Eles correram o mundo, e continuam correndo... Pois se diz que assim quer o destino, que assim Deus riscou, e o que Ele risca, ninguém rabisca!
Para quê os ciganos viajam tanto?
Para chegarem ao fim do mundo..
E quando chegarem, farão o caminho de volta, para depois iniciarem tudo de novo, levando a arte, a magia e a alegria à todas as raças.
“Nosso povo foi o escolhido por Deus para ser o mensageiro entre os povos!”
fonte: ruanodelacalle.blogspot
SIMBOLOGIA OS ANIMAIS PARA OS CIGANOS
Os ciganos reconhecem nos animais, através de sua natureza, suas qualidades, seus códigos, suas leis e, assim, inspiraram-se neles para estabelecer sinais secretos de comunicação com a sabedoria.
Águia
Representa a liberdade, a altivez, a força para ser livre.
Seu símbolo é o alvo a ser atingido.
Garça
È considerada uma ave cigana por ser incapaz de verter lágrimas de dor.
È uma ave sagrada.
Rato
Símbolo de perdas e prejuízos, problemas de saúde.
LOBO
Símbolo de força, lealdade e honra, pois só mata para se alimentar ou para eliminar um adversário.
Antigamente os lobos eram companheiros dos ciganos e não atacavam seus cavalos por lealdade.
SAPO
Simboliza a sabedoria, luz e feminilidade, potencial magnético ( usado para magias ).
GATO
Representa a prudência, cautela, paciência, capacidade de esperar o momento certo, independência e disponibilidade
POMBA
Desprezada pelos ciganos, pois não tem vontade própria e se deixa domesticar e abater sem resistência.
A pomba tem também grande significado se ela for escura, serve na magia, para afastar espíritos malignos; se for branca, representa a pureza, humildade, simplicidade, é ave conciliadora.
CORVO
Representa a justiça, boa sorte e sabedoria, é o único animal que se prejudicar seu semelhante, suicida-se. Para o cigano, mais vale morrer, do que viver sem honra.
SERPENTE
Significa a força, energia, feminilidade, sexo, boa sorte.
LAGARTO
Símbolo da fragilidade, pois perde a cauda quando o querem pegar.
fonte:pesquisa Day Paes
Águia
Representa a liberdade, a altivez, a força para ser livre.
Seu símbolo é o alvo a ser atingido.
Garça
È considerada uma ave cigana por ser incapaz de verter lágrimas de dor.
È uma ave sagrada.
Rato
Símbolo de perdas e prejuízos, problemas de saúde.
LOBO
Símbolo de força, lealdade e honra, pois só mata para se alimentar ou para eliminar um adversário.
Antigamente os lobos eram companheiros dos ciganos e não atacavam seus cavalos por lealdade.
SAPO
Simboliza a sabedoria, luz e feminilidade, potencial magnético ( usado para magias ).
GATO
Representa a prudência, cautela, paciência, capacidade de esperar o momento certo, independência e disponibilidade
POMBA
Desprezada pelos ciganos, pois não tem vontade própria e se deixa domesticar e abater sem resistência.
A pomba tem também grande significado se ela for escura, serve na magia, para afastar espíritos malignos; se for branca, representa a pureza, humildade, simplicidade, é ave conciliadora.
CORVO
Representa a justiça, boa sorte e sabedoria, é o único animal que se prejudicar seu semelhante, suicida-se. Para o cigano, mais vale morrer, do que viver sem honra.
SERPENTE
Significa a força, energia, feminilidade, sexo, boa sorte.
LAGARTO
Símbolo da fragilidade, pois perde a cauda quando o querem pegar.
fonte:pesquisa Day Paes
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
POEMA CARMENCITA
Cigana morena Cigana espanhola Que ama tocar castanholas
Cigana Carmencita,minha cigana bonita
Minha cigana encantada Cigana iluminada Fada,faceira!
Carmencita brilha em volta da fogueira Dança e enfeitiça Com seu pandeiro de fitas coloridas E tiara de flores nos longos cabelos negros
Com seu olhar penetrante Guarda os mistérios da vida
Enche de emoção nosso coração
Quando gira seus pés no chão Carmencita é bonita
Com sua saia rodada abre meus caminhos Nesta longa caminhada
É minha luz,é minha guia Bonita cigana da Andaluzia
Protege-me noite e dia
Com perfume de jasmim Com suas cartas sagradas Com a energia das pedras trabalha
Esta no sol,esta na lua é vento que refrigera minha alma
Em sua caravana ninguém ela engana
Carmencita minha andaluza cigana!
Salve La Banda,Carmencita Cigana!
Adriana Rodrigues Torres
Cigana Carmencita,minha cigana bonita
Minha cigana encantada Cigana iluminada Fada,faceira!
Carmencita brilha em volta da fogueira Dança e enfeitiça Com seu pandeiro de fitas coloridas E tiara de flores nos longos cabelos negros
Com seu olhar penetrante Guarda os mistérios da vida
Enche de emoção nosso coração
Quando gira seus pés no chão Carmencita é bonita
Com sua saia rodada abre meus caminhos Nesta longa caminhada
É minha luz,é minha guia Bonita cigana da Andaluzia
Protege-me noite e dia
Com perfume de jasmim Com suas cartas sagradas Com a energia das pedras trabalha
Esta no sol,esta na lua é vento que refrigera minha alma
Em sua caravana ninguém ela engana
Carmencita minha andaluza cigana!
Salve La Banda,Carmencita Cigana!
Adriana Rodrigues Torres
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
BANDEIRA CIGANA
A Bandeira Cigana é feita de duas listras, sendo uma azul e outra verde; e uma roda vermelha no centro.
A faixa azul, além de representar “o teto de liberdade”, simboliza também a busca por Deus.
A faixa verde significa "a terra coberta de grama", pois para o cigano a terra por onde ele anda e pisa é a sua pátria.
A Roda é o símbolo tradicional da vida nômade, do ir e vir, e das diversas encarnações.
O vermelho lembra o sangue derramado no passado, mas também ressalta a alegria de viver deste povo.
A Roda, que toca o azul e o verde simultaneamente, faz alusão aos caminhos que os ciganos percorrem: da Alma e da Terra.
A faixa azul, além de representar “o teto de liberdade”, simboliza também a busca por Deus.
A faixa verde significa "a terra coberta de grama", pois para o cigano a terra por onde ele anda e pisa é a sua pátria.
A Roda é o símbolo tradicional da vida nômade, do ir e vir, e das diversas encarnações.
O vermelho lembra o sangue derramado no passado, mas também ressalta a alegria de viver deste povo.
A Roda, que toca o azul e o verde simultaneamente, faz alusão aos caminhos que os ciganos percorrem: da Alma e da Terra.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
ORÁCULOS CIGANOS
Os ciganos tem a tradição de ler a sorte, para isso usam seus dons e os aprendizados que foram passados oralmente de geração a geração.
Oráculos utilizados pelos ciganos:
Acutomancia:
Previsões por meio de agulhas.
Bola de cristal:
Utilizada geralmente por mulheres como clarividência .
Elas se concentram e conseguem visualizar imagens do presente e do futuro na bola de cristal.
Cafeomancia:
Análise da borra de café.
Cartomancia:
Leitura da sorte através de cartas do baralho cigano.
Ceromancia:
Análise feita por meio de cera quente , pingada sobre uma superfície seca ou com água.
Cristalomancia:
Adivinhações por pedras preciosas ( cristais).
Dadomancia:
Leitura da sorte nos dados.
Jogo das patacas:
Jogado por homens e mulheres que utilizam as moedas como meio de prever e orientar.
Jogo de sementes:
Alguns ciganos homens costumam fazer análise por meio de caroços de frutas.
Piromania:
Leitura da sorte na chama da vela.
Quiromancia:
A leitura das linhas das mãos é habitual nas mulheres ciganas , sendo aprendida desde criança.
Oráculos utilizados pelos ciganos:
Acutomancia:
Previsões por meio de agulhas.
Bola de cristal:
Utilizada geralmente por mulheres como clarividência .
Elas se concentram e conseguem visualizar imagens do presente e do futuro na bola de cristal.
Cafeomancia:
Análise da borra de café.
Cartomancia:
Leitura da sorte através de cartas do baralho cigano.
Ceromancia:
Análise feita por meio de cera quente , pingada sobre uma superfície seca ou com água.
Cristalomancia:
Adivinhações por pedras preciosas ( cristais).
Dadomancia:
Leitura da sorte nos dados.
Jogo das patacas:
Jogado por homens e mulheres que utilizam as moedas como meio de prever e orientar.
Jogo de sementes:
Alguns ciganos homens costumam fazer análise por meio de caroços de frutas.
Piromania:
Leitura da sorte na chama da vela.
Quiromancia:
A leitura das linhas das mãos é habitual nas mulheres ciganas , sendo aprendida desde criança.
CIGANO PABLO
Vivi nesta terra a muito e muito tempo atrás. Quando vivo, chefiava uma tribo de ciganos que na maior parte do tempo acampava pelas terras de Andaluzia, como em minha tribo as tradições eram passadas de geração para geração e de pai para filho, herdei a chefia da tribo ainda jovem de meu pai.
Aprendi tudo que era necessário aprender com os antigos da tribo, que para nós ciganos, são as pessoas mais sábias sobre a face da terra.
Durante o tempo em que chefiei a tribo sempre recorri a eles em busca de sabedoria para solucionar problemas ou quando tinha dúvidas ou quando necessitava tomar qualquer decisão que fosse de maior responsabilidade, nunca gostei de tomar qualquer decisão, sem antes consultar a sabedoria dos antigos.
Quando nasci, fui prometido como todos os ciganos a filha de um dos ciganos da tribo, crescemos juntos e aprendemos a gostar um do outro e assim foi até atingirmos a idade necessária para contrairmos o matrimonio, enquanto isso aprendi com os antigos, todos os truques e todas as magias ciganas.
E assim fiz, desencarnei nas mãos de um jovem cigano irado com o fato de meu filho ter desonrado a sua prometida. Deixei em desgraça uma jovem mulher e três filhos rezando a Santa Sara para que cuidasse de todos.
Durante o tempo que me foi permitido velar por minha tribo e minha família, fiquei ao lado de todos tentando colocar algum juízo na cabeça de meu filho, esperando que depois do fato acontecido ele resolvesse aceitar o seu destino, mesmo depois de tudo o que fiz, esse meu filho ainda se rebelou com o que fiz, continuou em sua busca de algo que nem ele sabia o que era.
Nessa sua busca desse algo, foi levando em seus passos o meu segundo filho, que sem o pai, estava completamente envolvido pelo irmão mais velho, tentei de todas as maneiras que pude e me foi permitido, influenciar ao primogênito o sentido de dever, não conseguindo meu intento e vendo que o meu tempo estava se escoando, fiz o que qualquer pai amoroso faria, mudei o meu objetivo para o segundo filho, que com mais jeito que o mais velho aceitou tudo o que eu pude passar para ele.
Descobri então que com o segundo filho, tudo era mais fácil, pois, este já trazia de berço todos os dons que me foram passados por gerações, então investi neste, sempre com o intuito de regenerar o mais velho, indicando ao mais novo o caminho dos antigos, fiz com que este filho conseguisse com o seu carinho trazer o mais velho de volta, pois o segundo filho mostrou-se mais sábio que o pai e abrindo os olhos do primeiro filho o trouxe para o seio da tribo.
Depois de regenerado o meu primeiro filho retomou o seu lugar na tribo, ocupou o meu lugar, o qual o meu segundo filho controlou com muita sabedoria, ate a volta do irmão. Ai eu pude seguir o meu caminho no astral ate o dia em que pude tornar a encontrar a minha amada, e voltar a montar a minha tribo no astral.
DESCRIÇÃO
Era moreno, de cabelos castanhos cacheados que iam até os ombros, costeletas e barbicha. Seus olhos eram esverdeados.
Quando fazia o seu pó e as suas magias, Pablo usava blusão verde-claro de mangas curtas, por cima usava um colete verde-folha; a calça era da mesma cor do colete, assim como o lenço que usava na cabeça, amarrado para o lado esquerdo.
Em dias de festa ele usava um blusão branco com mangas compridas bufantes e calças bufantes da mesma cor. Em cima do blusão vestia um colete de veludo azul-turquesa rebordado em pedras coloridas em tons claros. Na cintura usava uma faixa azul-clara brilhosa, na qual prendia o seu punhal de cabo de madrepérola. Na cabeça ele colocava um lenço azul-claro amarrado para o lado esquerdo.
Seus adereços
Pablo usava na orelha direita uma argola de ouro com uma minúscula turquesa. No pescoço ele trazia um cordão de ouro com um pingente em forma de dado, também feito de ouro.
Sua magia
Esse cigano adorava mexer com folhas. As suas ervas preferidas eram o cólchico e o timbó-mirim. Esta última é ramosa, de cor verde-esbranquiçada; sua flor é rosa. Essa erva dá uma vagem dentro da qual existem várias sementes iguais a um feijão, na cor azul. É da semente dessa erva que se faz o anil e era dessa semente que Pablo fazia o pó que utilizava para magias diversas.
Pablo também usava, como seu pai, um copo de couro e três dados grandes para fazer suas vidências.
A fase da lua da sua preferência era a crescente.
Aprendi tudo que era necessário aprender com os antigos da tribo, que para nós ciganos, são as pessoas mais sábias sobre a face da terra.
Durante o tempo em que chefiei a tribo sempre recorri a eles em busca de sabedoria para solucionar problemas ou quando tinha dúvidas ou quando necessitava tomar qualquer decisão que fosse de maior responsabilidade, nunca gostei de tomar qualquer decisão, sem antes consultar a sabedoria dos antigos.
Quando nasci, fui prometido como todos os ciganos a filha de um dos ciganos da tribo, crescemos juntos e aprendemos a gostar um do outro e assim foi até atingirmos a idade necessária para contrairmos o matrimonio, enquanto isso aprendi com os antigos, todos os truques e todas as magias ciganas.
E assim fiz, desencarnei nas mãos de um jovem cigano irado com o fato de meu filho ter desonrado a sua prometida. Deixei em desgraça uma jovem mulher e três filhos rezando a Santa Sara para que cuidasse de todos.
Durante o tempo que me foi permitido velar por minha tribo e minha família, fiquei ao lado de todos tentando colocar algum juízo na cabeça de meu filho, esperando que depois do fato acontecido ele resolvesse aceitar o seu destino, mesmo depois de tudo o que fiz, esse meu filho ainda se rebelou com o que fiz, continuou em sua busca de algo que nem ele sabia o que era.
Nessa sua busca desse algo, foi levando em seus passos o meu segundo filho, que sem o pai, estava completamente envolvido pelo irmão mais velho, tentei de todas as maneiras que pude e me foi permitido, influenciar ao primogênito o sentido de dever, não conseguindo meu intento e vendo que o meu tempo estava se escoando, fiz o que qualquer pai amoroso faria, mudei o meu objetivo para o segundo filho, que com mais jeito que o mais velho aceitou tudo o que eu pude passar para ele.
Descobri então que com o segundo filho, tudo era mais fácil, pois, este já trazia de berço todos os dons que me foram passados por gerações, então investi neste, sempre com o intuito de regenerar o mais velho, indicando ao mais novo o caminho dos antigos, fiz com que este filho conseguisse com o seu carinho trazer o mais velho de volta, pois o segundo filho mostrou-se mais sábio que o pai e abrindo os olhos do primeiro filho o trouxe para o seio da tribo.
Depois de regenerado o meu primeiro filho retomou o seu lugar na tribo, ocupou o meu lugar, o qual o meu segundo filho controlou com muita sabedoria, ate a volta do irmão. Ai eu pude seguir o meu caminho no astral ate o dia em que pude tornar a encontrar a minha amada, e voltar a montar a minha tribo no astral.
DESCRIÇÃO
Era moreno, de cabelos castanhos cacheados que iam até os ombros, costeletas e barbicha. Seus olhos eram esverdeados.
Quando fazia o seu pó e as suas magias, Pablo usava blusão verde-claro de mangas curtas, por cima usava um colete verde-folha; a calça era da mesma cor do colete, assim como o lenço que usava na cabeça, amarrado para o lado esquerdo.
Em dias de festa ele usava um blusão branco com mangas compridas bufantes e calças bufantes da mesma cor. Em cima do blusão vestia um colete de veludo azul-turquesa rebordado em pedras coloridas em tons claros. Na cintura usava uma faixa azul-clara brilhosa, na qual prendia o seu punhal de cabo de madrepérola. Na cabeça ele colocava um lenço azul-claro amarrado para o lado esquerdo.
Seus adereços
Pablo usava na orelha direita uma argola de ouro com uma minúscula turquesa. No pescoço ele trazia um cordão de ouro com um pingente em forma de dado, também feito de ouro.
Sua magia
Esse cigano adorava mexer com folhas. As suas ervas preferidas eram o cólchico e o timbó-mirim. Esta última é ramosa, de cor verde-esbranquiçada; sua flor é rosa. Essa erva dá uma vagem dentro da qual existem várias sementes iguais a um feijão, na cor azul. É da semente dessa erva que se faz o anil e era dessa semente que Pablo fazia o pó que utilizava para magias diversas.
Pablo também usava, como seu pai, um copo de couro e três dados grandes para fazer suas vidências.
A fase da lua da sua preferência era a crescente.
CIGANO WLADIMIR
A mesma observação que já por algumas vezes fiz, fica valendo aqui, ou seja, são inúmeras as interpretações dadas para a vida dessa magnânima Entidade Espiritual chamada Wladimir, um Cigano que tem seu nome respeitado e, talvez, ao lado de Santa Sarah, seja a Entidade mais cultuada dentro da chamada Linha do Oriente ou Povo do Oriente. Por essa sua popularidade e, mais que tudo, como gratidão ao seu bondoso Espírito, sempre protetor e amigo em nossa vida pessoal, é que resolvi falar um pouco dele aqui.
Escolhi duas das histórias mais correntes, a primeira versão, muito antiga por sinal e que corre de boca em boca, diz que Wladimir apaixonou-se perdidamente uma Cigana de sua Tribo, só que esse sentimento pela tal Cigana também surgiu dentro do coração de seu irmão. Para decidir a questão, o irmão de Wladimir propôs um duelo em que ambos disputariam a amada.
Para não fugir à tradição, conta-se que Wladimir aceitou a proposta e dirigiu-se então para o tal duelo, porém, na hora exata de desfechar o golpe, percebeu ele que levaria vantagem, só que essa vantagem significava a possibilidade de matar o próprio irmão. Aí, então, Wladimir tem uma reação totalmente surpreendente para todos que assistiam o duelo, ou seja, não agrediu, ao contrário, não esboçou qualquer reação e, assim então, acabou sendo apunhalado pelo próprio irmão, caindo morto em seguida.
A continuidade da história tem um desfecho um tanto quanto trágico, pois a tal Cigana vendo seu amado caído no chão, morto com um punhal cravado no peito, caiu por sobre seu corpo e chorando retirou o punhal do peito de Wladimir , cravando-o em seguida em seu próprio peito, ato este que culminou, também, em sua morte.
Outra versão, essa enviada por uma amiga e pesquisadora de Cultura Egípcia e Cigana. Segundo essa amiga a versão a seguir chegou até ela contata por uma Cigana mesmo, ou seja pessoa de etnia Cigana.
Conta-se que o Cigano Wladimir era de origem eslava (Indo-Européia), e que se apaixonou perdidamente por Esmeralda, que assim a chamavam por gostar de trabalhar em magia de cura com pedras verdes (a pedra Esmeralda é verde!) e também gostava desta pedra para o seu uso pessoal, por isto esse apelido; mas ela se casou com outro, pois já estava prometida. Wladimir se desesperou e começou a beber descontroladamente.
Mais tarde, um pouco conformado, mas ainda apaixonado, passa a trabalhar com magia para unir os casais. Muitos anos depois, com eles já um pouco idosos, eles se unem, mas ficam pouco tempo juntos, pois ela logo morre.
Seja de que forma for, queridos leitores, o fato é que Wladimir é hoje uma Entidade de muita luz, sempre evocada com muito carinho por todos os amantes da Cultura Cigana, principalmente por aqueles que mantém algum tipo de ligação, volto a dizer, com as gloriosas Entidades Espirituais Ciganas, hoje brilhando como pontos luminosos, na Estrada de Estrelas do Espaço Infinito.
CIGANO WLADIMIR,era moreno-claro, de olhos e cabelos pretos.
Wladimir usava roupas diferentes, conforme a fase da lua.
O detalhe constante nessas roupas é que a calça era sempre da mesma cor do colete de veludo que ele vestia por cima da blusa.
Na Lua cheia ele usava blusão vermelho com colete e calça azul-turquesa; na Lua crescente, blusão branco, colete e calça brancos rebordados com fios de prata;
na Lua nova, blusão azul-turquesa, colete e calça vermelhos rebordados com pedras coloridas; e,
na Lua minguante, blusão branco de mangas compridas, colete e calça marrons e uma faixa branca na cintura.
Em todas as fases da Lua ele usava na cintura uma faixa branca, na qual trazia o seu punhal de prata.
SEUS ADEREÇOS
O lenço que Wladimir usava na cabeça era de cores diferentes, conforme a fase da Lua.
Era azul na Lua cheia, branco no quarto crescente e vermelho na Lua nova.
Na orelha esquerda ele trazia uma argola de ouro e, no pescoço, um cordão de ouro com um medalhão antigo de seu clã.
SUA MAGIA
O Cigano Wladimir aprendeu a tocar violino com seis anos de idade.
Hoje, quando chega à Terra como espírito,pede logo o seu violino e começa a tocar antigas músicas eslavas.
Um detalhe importante: quem tem esse Cigano na aura não precisa saber tocar violino, pois, ao chegar, ele traz a essência da música.
A FAMILIA DO CIGANO WLADIMIR
Tudo que sabemos sobre a família do Cigano Wladimir é que, quando ele tinha três meses de vida, seus pais morreram. Sabemos que isso ocorreu em uma tragédia, mas não sabemos como ela se deu; isso é um mistério guardado a sete chaves.
Sabemos que a família era numerosa, mas só escaparam da tragédia a Cigana Wlanira e seus irmãos gêmeos, Wladimir e Wlanasha. Foi Wlanira quem criou as crianças, dando-lhes o carinho e o amor de irmã e de mãe. Ela se juntou a um grupo de nômades e formou com eles uma só família cigana no mundo.
O tempo passou e os gêmeos cresceram. Ao completar 13 anos, Wlanasha casou-se com o Cigano Turmanof e, nos anos seguintes, teve três filhos: Ludimilha, Úrsula e Revek Turmanof.
Seis anos depois do casamento da irmã, quando já contava 19 anos de idade, Wladimir veio a se casar com a Cigana Singuala, seguindo as antigas tradições e o ritual cigano. Após um ano de casamento, nasceu sua filha Raiza Singuala e, três anos depois, o menino Wladivisk, assim formou-se a família do Cigano Wladimir.
Raiza Singuala não chegou a se casar, pois fez a passagem com 13 anos. Wladivisk também não formou família, pois desencarnou cedo, com 18 anos. Por coincidência, ele passou para o mundo espiritual no mesmo dia em que a irmã havia falecido anos antes.
Os filhos de Wlanasha construíram novas famílias. Ludimilha casou-se com o Cigano Baruque e teve um filho que se chamou Landufo.
Úrsula casou-se com o Cigano Nabel e deu à luz onze filhos. O primeiro foi Helânio. Depois vieram, pela ordem de nascimento, a menina Indra; o menino Latâncio; as meninas Urânia, Ruda e as gêmeas Nadja e Inajá; os meninos Narciso e Pompilho; a menina Romana e o menino Laio.
Revek Turmanof casou-se com a Cigana Iudi, que deu à luz cinco filhos, na seguinte ordem: as meninas Roshana e Zarda, o menino Zuriel e as meninas Hosana e Islena.
Esse é o mistério de Wladimir.
Trecho retirado do livro:
“Ciganos do Passado, Espíritos do Presente –
Ana da Cigana Natasha- PALLAS EDTORA
Escolhi duas das histórias mais correntes, a primeira versão, muito antiga por sinal e que corre de boca em boca, diz que Wladimir apaixonou-se perdidamente uma Cigana de sua Tribo, só que esse sentimento pela tal Cigana também surgiu dentro do coração de seu irmão. Para decidir a questão, o irmão de Wladimir propôs um duelo em que ambos disputariam a amada.
Para não fugir à tradição, conta-se que Wladimir aceitou a proposta e dirigiu-se então para o tal duelo, porém, na hora exata de desfechar o golpe, percebeu ele que levaria vantagem, só que essa vantagem significava a possibilidade de matar o próprio irmão. Aí, então, Wladimir tem uma reação totalmente surpreendente para todos que assistiam o duelo, ou seja, não agrediu, ao contrário, não esboçou qualquer reação e, assim então, acabou sendo apunhalado pelo próprio irmão, caindo morto em seguida.
A continuidade da história tem um desfecho um tanto quanto trágico, pois a tal Cigana vendo seu amado caído no chão, morto com um punhal cravado no peito, caiu por sobre seu corpo e chorando retirou o punhal do peito de Wladimir , cravando-o em seguida em seu próprio peito, ato este que culminou, também, em sua morte.
Outra versão, essa enviada por uma amiga e pesquisadora de Cultura Egípcia e Cigana. Segundo essa amiga a versão a seguir chegou até ela contata por uma Cigana mesmo, ou seja pessoa de etnia Cigana.
Conta-se que o Cigano Wladimir era de origem eslava (Indo-Européia), e que se apaixonou perdidamente por Esmeralda, que assim a chamavam por gostar de trabalhar em magia de cura com pedras verdes (a pedra Esmeralda é verde!) e também gostava desta pedra para o seu uso pessoal, por isto esse apelido; mas ela se casou com outro, pois já estava prometida. Wladimir se desesperou e começou a beber descontroladamente.
Mais tarde, um pouco conformado, mas ainda apaixonado, passa a trabalhar com magia para unir os casais. Muitos anos depois, com eles já um pouco idosos, eles se unem, mas ficam pouco tempo juntos, pois ela logo morre.
Seja de que forma for, queridos leitores, o fato é que Wladimir é hoje uma Entidade de muita luz, sempre evocada com muito carinho por todos os amantes da Cultura Cigana, principalmente por aqueles que mantém algum tipo de ligação, volto a dizer, com as gloriosas Entidades Espirituais Ciganas, hoje brilhando como pontos luminosos, na Estrada de Estrelas do Espaço Infinito.
CIGANO WLADIMIR,era moreno-claro, de olhos e cabelos pretos.
Wladimir usava roupas diferentes, conforme a fase da lua.
O detalhe constante nessas roupas é que a calça era sempre da mesma cor do colete de veludo que ele vestia por cima da blusa.
Na Lua cheia ele usava blusão vermelho com colete e calça azul-turquesa; na Lua crescente, blusão branco, colete e calça brancos rebordados com fios de prata;
na Lua nova, blusão azul-turquesa, colete e calça vermelhos rebordados com pedras coloridas; e,
na Lua minguante, blusão branco de mangas compridas, colete e calça marrons e uma faixa branca na cintura.
Em todas as fases da Lua ele usava na cintura uma faixa branca, na qual trazia o seu punhal de prata.
SEUS ADEREÇOS
O lenço que Wladimir usava na cabeça era de cores diferentes, conforme a fase da Lua.
Era azul na Lua cheia, branco no quarto crescente e vermelho na Lua nova.
Na orelha esquerda ele trazia uma argola de ouro e, no pescoço, um cordão de ouro com um medalhão antigo de seu clã.
SUA MAGIA
O Cigano Wladimir aprendeu a tocar violino com seis anos de idade.
Hoje, quando chega à Terra como espírito,pede logo o seu violino e começa a tocar antigas músicas eslavas.
Um detalhe importante: quem tem esse Cigano na aura não precisa saber tocar violino, pois, ao chegar, ele traz a essência da música.
A FAMILIA DO CIGANO WLADIMIR
Tudo que sabemos sobre a família do Cigano Wladimir é que, quando ele tinha três meses de vida, seus pais morreram. Sabemos que isso ocorreu em uma tragédia, mas não sabemos como ela se deu; isso é um mistério guardado a sete chaves.
Sabemos que a família era numerosa, mas só escaparam da tragédia a Cigana Wlanira e seus irmãos gêmeos, Wladimir e Wlanasha. Foi Wlanira quem criou as crianças, dando-lhes o carinho e o amor de irmã e de mãe. Ela se juntou a um grupo de nômades e formou com eles uma só família cigana no mundo.
O tempo passou e os gêmeos cresceram. Ao completar 13 anos, Wlanasha casou-se com o Cigano Turmanof e, nos anos seguintes, teve três filhos: Ludimilha, Úrsula e Revek Turmanof.
Seis anos depois do casamento da irmã, quando já contava 19 anos de idade, Wladimir veio a se casar com a Cigana Singuala, seguindo as antigas tradições e o ritual cigano. Após um ano de casamento, nasceu sua filha Raiza Singuala e, três anos depois, o menino Wladivisk, assim formou-se a família do Cigano Wladimir.
Raiza Singuala não chegou a se casar, pois fez a passagem com 13 anos. Wladivisk também não formou família, pois desencarnou cedo, com 18 anos. Por coincidência, ele passou para o mundo espiritual no mesmo dia em que a irmã havia falecido anos antes.
Os filhos de Wlanasha construíram novas famílias. Ludimilha casou-se com o Cigano Baruque e teve um filho que se chamou Landufo.
Úrsula casou-se com o Cigano Nabel e deu à luz onze filhos. O primeiro foi Helânio. Depois vieram, pela ordem de nascimento, a menina Indra; o menino Latâncio; as meninas Urânia, Ruda e as gêmeas Nadja e Inajá; os meninos Narciso e Pompilho; a menina Romana e o menino Laio.
Revek Turmanof casou-se com a Cigana Iudi, que deu à luz cinco filhos, na seguinte ordem: as meninas Roshana e Zarda, o menino Zuriel e as meninas Hosana e Islena.
Esse é o mistério de Wladimir.
Trecho retirado do livro:
“Ciganos do Passado, Espíritos do Presente –
Ana da Cigana Natasha- PALLAS EDTORA
Assinar:
Postagens (Atom)